Os portugueses continuam pouco ativos. Em entrevista, Pedro Teixeira, da DGS, fala dos benefícios do exercício, dá dicas para aumentar a atividade física e revela novidades no SNS.

Ir para o trabalho ou para a escola a andar ou de bicicleta. Fazer reuniões em pé. Dançar. Em entrevista ao Observador, o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física da Direção-Geral da Saúde (DGS), Pedro Teixeira, insiste que há “dezenas de maneiras de praticar exercício físico” e que “não há razão para não termos formas de estar no dia a dia mais ativas”.

Para enumerar os benefícios do exercício físico, duas mãos não chegam. Do sistema cardiovascular e circulatório ao sistema endócrino, da prevenção de osteoporose à regulação do humor, com influência positiva sobre a memória. E até o sistema digestivo das pessoas mais ativas funciona melhor. “O exercício serve para gerir, prevenir ou tratar 25 doenças diferentes”, resume o especialista da DGS.

Os portugueses começam a estar conscientes dos benefícios do exercício. Ainda assim são pouco ativos: mais de dois terços fazem pouca ou nenhuma atividade. Escolher um parceiro pode ser um bom truque para começar a fazer exercício, mas devem ser criadas “oportunidades acessíveis para que seja mais fácil as pessoas terem vidas mais ativas”.

Muita coisa pode ainda ser feita para que a atividade física seja “mais fácil, acessível e divertida” — passando pela formação dos médicos e pela criação de consultas específicas nos centros de saúde — e é nisso que a Comissão Intersetorial para a Promoção da Atividade Física está a trabalhar. O plano de ação nacional para a atividade física, com medidas concretas, será apresentado até ao final do ano e Pedro Teixeira fala ao Observador sobre algumas delas.

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